terça-feira, 11 de junho de 2013

Antioxidantes e a reação de Fenton




No post anterior foi relatada a importante participação dos antioxidantes no combate aos radicais livres. Nesse post será explicitado o conceito de antioxidantes, bem como a reação de Fenton.

Sucintamente, antioxidante é uma substância capaz de transferir elétrons para radicais livres, inibindo sua oxidação. Esse resultado é obtido já que o antioxidante se oxida, sendo muitas vezes agentes redutores como tióis, ácido ascórbico ou polifenóis. O poder do antioxidante é avaliado pelo quanto ele fica estável após a redução, ou seja, quanto mais estável o antioxidante fica após a redução, mais potente ele é. A força do antioxidante também está relacionada ao poder de troca de elétrons entre o antioxidante e o radical livre. 

Quimicamente, antioxidantes são compostos aromáticos que contém, no mínimo uma hidroxila. Eles podem ser classificados, primeiramente em dois amplos grupos: solúveis e não solúveis em água e se são ou não solúveis em lipídios. Também podem ser classificados em primários (compostos fenólicos que doam átomos de hidrogênio à radicais livres), sinergistas (amplificam a ação dos primários), removedores de oxigênio (capturam oxigênio presente no meio), biológicos (contêm várias enzimas e podem remover o oxigênio ou compostos altamente reativos de um sistema alimentício), agentes quelantes (complexam íons metálicos) e antioxidantes mistos.



Na aterosclerose, a oxidação da LDL (lipoproteína de baixa densidade) depende do equilíbrio entre a ação oxidativa e as defesas antioxidantes. Estudos in vitro mostraram que a oxidação da LDL só ocorre após o stress oxidativo ter depletado o conteúdo de antioxidantes da célula. Nesse sentido, a vitamina E, como já citada anteriormente, desempenha papel decisivo no combate à doença coronárias e merece destaque. Além dela, outras substâncias tem grande valia nesse combate, tais como vitamina C, flavonoides e probucol. 

A vitamina E é o antioxidante lipossolúvel predominante nos tecidos e na LDL e adicionada ao plasma aumenta a resistência da LDL à oxidação. Algumas de suas varias funções são: atua capturando os radicais peroxila (interrompe, então, a cadeia de peroxidação lipídica), reduz a adesão e agregação plaquetárias, inibe os fatores de coagulação dependentes de vitamina K, estimula produção de endotelina e atenua a inibição da produção de óxido nítrico. As fontes mais ricas de vitamina E são os óleos vegetais , grãos integrais, amêndoas, nozes, avelâs, verduras e germe de trigo. 


A reação de Fenton é definida hoje como a geração catalítica de radicais hidroxilo a partir da reação em cadeia entre o iõe ferroso (Fe2+) e o peróxido de hidrogênio (H2O2). Essa solução de peróxido de hidrogênio e o catalisador de ferro é usada na oxidação de impurezas ou águas residuais e na oxidação de compostos orgânicos tóxicos e não biodegradáveis. Uma grande importância biológica do reagente de Fenton está na criação de radicais livres através de substancias presentes in vivo. As reações de Fenton estão resumidas em duas equações abaixo:


Fontes:

BATLOUNI, Michel (1997), “Hipótese Oxidativa da Aterosclerose e Emprego dos Antioxidantes na Doença Arterial Coronária”. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol. 68.

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